EMECE-Encontro de Mocidades Espíritas do Ceará

quarta-feira, 29 de julho de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A ONDA - O FILME



A Onda, o filme
Para quem nunca assistiu trata-se de um filme instigante e desafiador. Afinal, o filme dirigido por Alex Grasshof conta a história real de um professor de uma escola secundária estadunidense, em Palo Alto, na Califórnia, que diante da descrença dos alunos frente aos acontecimentos alemães da 2 Guerra Mundial resolve repetir a experiência hitlerista. Com o lema Poder, disciplina e superioridade o professor consegue confirmar sua expectativa e rapidamente a maior parte dos alunos já está doutrinada e preparada para agir dentro dos canônes "ondistas". Pela importância deste trabalho estamos divulgando um link amule para quem quiser baixá-lo:
ed2k://fileA_Onda_Portugues_Br_(Obrigado_Fausto_Henrique%20).avi 3444993984B30D3BE2AB76BB7BBEE5C77C5F272ABh=7L7TSVRZN7TIYMSSLCVN26KSWCDZJFWF/


A ONDA – O FILME (Versão Alemã)
(Welle, Die, 2008)

» Direção: Dennis Gansel
» Roteiro: Todd Strasser (romance), Dennis Gansel (roteiro), Peter Thorwarth (roteiro)
» Gênero: Drama
» Origem: Alemanha
» Duração: 101 minutos
» Tipo: Longa

» Sinopse: Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de A Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já saiu de seu controle. Baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967

FONTE: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=4957

‘A onda’ e o irracionalismo dos grupos*
(comentário sobre o filme “A onda”)
O filme “A onda” [The wave] [1] tem início com o professor de história Burt Ross explicando aos seus alunos a atmosfera da Alemanha, em 1930, a ascensão e o genocídio nazista. Os questionamentos dos alunos levam o professor a realizar uma arriscada experiência pedagógica que consiste em reproduzir na sala de aula alguns clichês do nazismo: usariam o slogan “Poder, Disciplina e Superioridade”, um símbolo gráfico para representar “A onda”, etc.
O professor Ross se declara o líder do movimento da “onda”, exorta a disciplina e faz valer o poder superior do grupo sobre os indivíduos. Os estudantes o obedecem cegamente. A tímida recusa de um aluno o obriga a conviver com ameaças e exclusão do grupo. A escola inteira é envolvida no fanatismo d’A onda, até que um casal de alunos mais consciente alerta ao professor ter perdido o controle da experiência pedagógica que passou ao domínio da realidade cotidiana da comunidade escolar.
O desfecho do filme é dado pelo professor ao desmascarar a ideologia totalitária que sustenta o movimento d’A onda , denuncia aos estudantes o sumiço dos sujeitos críticos diante de poder carismático de um líder e do fanatismo por uma causa.
Embora o filme seja uma metáfora de como surgiu o nazi-fascismo e o poder de seus rituais, pode conscientizar os estudantes sobre o poder doutrinário dos movimentos ideológicos políticos ou religiosos. O uso de slogans, palavras de ordem e a adoração a um suposto “grande líder” se repetem na história da humanidade: aconteceu na Alemanha nazista, na Itália fascista, e também no chamado ‘socialismo real’ da União Soviética, principalmente no período stalinista, na China com a “revolução cultural” promovida por Mao Tsé Tung, na Argentina com Perón, etc. Ainda, recentemente, líderes neo-populistas da América Latina, valendo-se de um discurso tosco anti-americano, conseguem enganar uma parte da esquerda resistente a aprender com a história

PRODUÇÃO "EUA" - 45 minutos

A ONDA – PARTE 1


A ONDA – PARTE 2

A ONDA – PARTE 3

A ONDA – PARTE 4

A ONDA PARTE 5


Experiência pedagógica e política
Feito para a televisão, ‘A onda’ [The wave], foi baseado em um incidente real ocorrido em uma escola secundária norte-americana em 1967, em Palo Alto, Califórnia. Antes de virar filme, foi romanceado em livro. A idéia do filme, com 45 minutos, era para fazer parte do currículo da escola, para estudar, refletir e se prevenir contra a onda nazi-fascista que começou no final da década de 30. Com a derrota do nazi-fascismo na 2ª. Guerra Mundial e o surgimento da ‘guerra fria’, filmes assim, podem funcionar como alerta contra pregações doutrinárias que fazem apologia aos totalitarismos de direita ou de esquerda [2]. Muitas vezes, o doutrinamento pró-totalitarismo ocorre no âmbito universitário, como se fosse ensino ‘científico’, onde a democracia é considerada uma má invenção ‘burguesa’ e a política uma prática a ser superada por um ‘novo’ sistema desenhado pelo abstracionismo teórico.
“A Onda” é uma metáfora que se aplica, mais ou menos, a qualquer movimento de massa respondente aos apelos de um líder carismático ou de uma causa mítica irracional. Foi assim com os atos criminosos da Ku Klux Klan, o macartismo que desencadeou a “caça às bruxas” [3] perseguindo todos os supostos “comunistas” nos EUA, os governos de direita da América Latina com traços totalitários como foi o de Pinochet (Chile), o regime de apartheid da África do Sul (antes de Nelson Mandela), o processo de “limpeza étnica” conduzida pelos sérvios nos Bálcãs, os grupos neonazistas skinheads espalhados pelo mundo, os carecas do ABC paulista, e o movimento separatista do Iguaçu, no Paraná, entre outros menos conhecidos. Também, os partidos políticos neonazistas abrigados no regime democrático, na Áustria, chefiado por J.Haidern, e na França, por Jean Marie Le Pen. Devem ser, ainda, incluídos os líderes com traços protofascistas (Eco, 1995): Berlusconi, que passou pelo governo da Itália, e líderes totalitários com traço imperial, como King Jon Il (Coréia do Norte), Assad (Síria), ou de milícias que ocupam o vazio do Estado (Hizbolá, Hamas, FARC, PCC) cujos atos truculentos faz semelhança com tantos movimentos fascistas italiano, espanhol, e mesmo o integralismo, no Brasil. No período da ditadura militar, depois 1964, no Brasil, surgem grupos de extrema-direita, como a TFP (Sociedade da Tradição, Família e Propriedade) e o CCC (Comando de Caça aos Comunistas), ambos com intenções de causar uma ‘onda’ de cooptação dos jovens para a sua luta ideológica e até terrorista [4].
Também líderes eleitos democraticamente, mas cujas manobras deixam transparecer traços totalitários (George W. Bush, Hugo Chávez, Mahmoud Ahmadinejad). Notamos que o traço comum entre estes líderes é a capacidade de fanatizar as massas por uma causa racional ou irracional, se valendo de métodos antidemocráticos como a censura, perseguições, prisões arbitrárias, elogios aos feitos do suposto ‘grande líder’, etc.
Também podem ser incluídos, hoje, como parte da onda protofascista (sic) os movimentos fundamentalistas (cristão, judaico, islâmico). O ‘fundamentalismo’ [5] é a interpretação restrita do livro sagrado de forma a repudiar tudo e todos que não concordem com tal interpretação; trata-se de um “terrível simplificador” que pretende explicar e fornecer uma moral para o passado, o presente e o futuro da humanidade. Lembrando alguns traços do fascismo ou ‘protofascimo’ elaborado por Umberto Eco (1995), têm conquistado visibilidade na mídia as paradas dos “homens-bomba”, (que incluem crianças e mulheres), e as escolas de doutrinação islâmica ou madrassas, usadas como perversão do islamismo e impondo à população a cultura obscurantista Talibã, no Afeganistão [6]. O auge de visibilidade dos efeitos da doutrinação islamofascista parece ser representado pela organização global da Al Qaeda, cujo líder Bin Laden, que nada tem de socialista ou marxista, diz lutar por uma causa supostamente “santa” contra os “infiéis do mundo ocidental” [7].
A atitude fascista não morreu
O nazi-fascismo foi derrotado na 2ª. Grande Guerra, em 1945, mas ele não morreu. O que hoje acontece no cenário mundial nos leva a suspeitar que “ele não morrerá entre nós”, alerta o psicanalista francês C. Melman (2000).
A fundação do Partido Nazista, nos EUA, é de 1970. Recente levantamento realizado nos EUA contou 474 grupos de extrema direita, organizados naquele país, alguns agindo abertamente em diversos setores governamentais, inclusive com atos contra a democracia e ao governo legitimamente constituído. A “Nação Ariana’ e a ‘Identidade Cristã’, são considerados pelo FBI como os dois grupos mais perigosos e ameaçadores dos EUA. O ataque terrorista que destruiu todo o edifício do governo federal, em Oklahoma City, em 1995, foi ato de um membro da extrema direita com ligações com o grupo ‘Identidade Cristã’. “O uso da religião para propósitos fascistas e a perversão da religião em um instrumento de propaganda de ódio, como um cruzada antidemocrática em nome da salvação da democracia, é uma tática disseminada entre os grupos de extrema direita” (Carone, 2003).
Balizas para comentar esse filme:
Nosso olhar sobre o filme “A onda” focaliza três linhas de análise para comentários visando estimular o debate: (1) o nazi-fascismo como ideologia política totalitária de direita; (2) a psicologia de massas e a servidão voluntária dos indivíduos a um líder, grupo ou causa mítica; (3) a propaganda política e ideológica (4) o recurso da ‘experiência pedagógica’, como meio de ir para além do mero aprendizado de conceitos teóricos. Notar que o professor do filme adota a experimentação com grupo como recurso didático ‘vivencial’ [Dinâmica de Grupo e Sociodrama], que sempre implica em algum risco de perder o controle da experiência pedagógica. O “sócio-grupo” seria o grupo tarefa estruturado e orientado em função da execução ou cumprimento de uma tarefa, e o “psico-grupo” ou grupo estruturado, orientado e polarizado em função dos próprios membros que constituem o grupo, foram criados por Kurt Lewin – judeu alemão emigrado para os EUA - tinham como propósito serem não somente técnicas de aprendizagem alternativa à aula tradicional, considerada chata ou enfadonha mas de efetivamente trabalhar a dimensão afetiva e emocional de cada grupo enquanto gestalt, onde estão presentes preconceitos, dogmatismo, coesão, fé cega num líder, bloqueios, filtragens, enganos e auto-enganos na comunicação entre seus membros [8] etc.
Apesar de não ser um grande filme, e ainda prejudicado com o uso de cópias desgastadas, gravadas da televisão aberta [9], “A onda’ têm a virtude de levar o telespectador a não ficar indiferente aos fenômenos de massificação, fanatismo e intolerância do ser humano. Contudo, o filme é um sério alerta para: a) o risco do “sujeito” perder a “liberdade” e “autonomia”, submetendo-se incondicionalmente ao poder do grupo, sua “causa absoluta” veiculadas por slogans e palavras que ordenam uma ação automática, fazendo desaparecer o sujeito [10] ; b) problematiza a possibilidade de ressurgimento do nazi-fascismo, ou dos totalitarismos de direita ou de esquerda, tendo em vista o desgaste das democracias representativas de nossa época; c) conscientiza a formação de grupites de adolescentes e gangues potencialmente intolerantes e criminosas. Há uma tendência narcisista nesses grupos que, geralmente, são atraídos pela proposta de igualdade e novo sentido existencial-no-mundo, a fundação na vivência da territorialidade, o desenvolvimento de um código de linguagem próprio onde os atos de rejeição dos “mais fracos”, “desgarrados” ou “diferentes” parecem legítimos e morais. Basta ver o recreio de qualquer escola onde os membros dos grupos reproduzem sua imagem narcísica no modo de ser, vestir, falar, pensar etc. Evidentemente, tal atitude faz parte do processo de desenvolvimento da personalidade em busca de identidade própria, mas pode também ser a base para a formação de um traço de caráter ‘blindado’, conforme o estudo de W.Reich.
O trote seria um tipo de onda?
O tradicional trote universitário é um ritual de violência sádica de um grupo “mais velho” sobre os “novos” ou calouros. O trote pode ser tipificado como uma formação protofascista, no sentido proposto por Eco (1995), na medida em que um grupo visa humilhar os supostamente mais fracos? Que fazer para quebrar essa “tradição de família” presente ainda em algumas universidades? O que esse ritual de passagem representa na cultura universitária? Será que aulas, palestras, leis, punições, bastam para conscientizar e levar à nova geração evitar essa prática? Será que medidas impostas pelos colegiados de cada instituição, investidos de autoridade, devem proibir com rigor o trote violento, por exemplo, reinventando regras com o sentido da pró-solidariedade? Que metodologia ou técnicas de ensino e aprendizagem poderiam ser usadas para quebrar essa tradição e instaurar uma consciência verdadeiramente crítica e historicamente elaborada sobre tal fenômeno?
Ascensão do irracional?
O retorno do irracional em forma de ‘onda’ ou de ‘massa’ parece ser uma resposta desesperada de algumas culturas resistindo à modernização ocidental liberal-burguesa-democrática; a globalização econômica em que pese o seu sentido capitalista excludente também tem produzido novas idéias e tecnologias que beneficiam toda a humanidade, embora causem em alguns grupos mais tradicionais o medo de perder sua identidade comunitária, tal como analisa Castells (1999) e Japiassu (2001).
Aos educadores, é imprescindível trabalhar junto com os alunos, desde cedo, a ética da tolerância, o respeito à diversidade cultural e as diferenças demasiadamente humanas, bem como o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, onde a paz e a liberdade devem ser ativas.
O conhecimento científico, a informação e a tecnologia são insuficientes para melhorar o ser humano. É preciso desenvolver uma nova educação que encare o mundo complexo e promova, além da pesquisa que aspira o conhecimento novo, também uma sabedoria prática para se viver a vida pessoal e coletiva em tempos tão sombrios.
Os sintomas atuais de ascensão do irracional humano vem se revelando não só através de grupos nazi-fascistas que formam uma ‘onda’ pregando a “supremacia da raça branca”, a perseguição de judeus, negros, índios, homossexuais, nordestinos do Brasil, feministas, esquerdistas, democratas, etc. O fundamentalismo religioso (cristão, islâmico e judaico), os atos dos criminosos ligados ao narcotráfico, o terrorismo protofascista de grupos ou de Estado, sem projeto político, podem ser considerados sintomas de “ascensão do irracional” (em nosso artigo, em http://www.espacoacademico.com.br/004/04ray.htm, observamos três sintomas do protofascimo no terrorismo: o desprezo do diálogo pelo ato – do ato pelo ato; o argumento pela emoção. Para Eco (1995) é a “a ação pela ação’ e a “luta pela luta”. Na leitura psicanalítica é representado pelo ‘mais-gozar’ da ação e o ‘mais-gozar’ da luta sem fim).
O filme “A onda” focaliza, por um lado, o imperativo da ordem e disciplina e, por outro, o desejo de controlar a pulsão agressiva dos seres humanos travestido em organização fascista aspirando ser moral.
“A onda” pode ser vista através de alguns movimentos políticos-ideológicos de nossa história: quando atuou em nome de uma suposta “superioridade da raça ariana”, causou o genocídio nazista; quando levantou a bandeira da “causa do proletariado” milhares foram estigmatizados de ‘anti-revolucionários’, ‘reacionários burgueses’, ‘intelectuais inúteis’; quando surgiu com o nome de “revolução cultural” fez o povo quase perder suas tradições; quando “em nome de Deus” milhares são assassinados; quando “em nome do Bem contra o Mal”, da “causa justa” ou da “democracia”, invadiu países, destruindo prédios e vidas; Enfim, quanto o irracional está a serviço da racionalidade, o resultado é a imoralidade, o sofrimento e a morte em massa. Quando a intolerância quer ser reconhecida como moral e legal, justificando que a repressão da autonomia dos sujeitos é necessária “para o bem de todos”, a razão se faz cínica [11]. Assim, é preciso reconhecer que ser racional não basta para singularizar o que é ‘ser humano’, ou seja, falta saber se ser racional é condição sine qua non para ser razoável e capaz de estabelecer empatia para com o nosso semelhante.
Depois do filme
Outras experiências pedagógicas foram realizadas e filmadas depois de “A onda”, que parecem ter sido influenciadas pelas pesquisas dos laboratórios de dinâmica de grupo e experimentação cientificamente controlada, desde a década de 1970. Recomendamos aos pedagogos, psicólogos, historiadores, filósofos, sociólogos, antropólogos, entre outros, assistirem aos documentários: “Olhos azuis” [12], coordenado pela professora Jane Elliott e “Zoológico humano”, conduzido pelo psicólogo P. Zimbardo (Stanford University). Ao conduzir a experiência dos grupos, a professora Elliot evidencia o racismo, os fenômenos de grupo, a liderança, a submissão voluntária, etc. No “Zoológico humano”, recomendamos maior atenção para a 2ª. Parte, que trata da submissão do sujeito ao grupo. Em ambos, podemos observar fenômenos como ‘conformidade’, ‘disciplina’, ‘bloqueios’, ‘filtragens’, ‘contágio social’, a influência do ‘poder’, a ‘submissão’, as ‘distâncias sociais’, ‘barreiras psicológicas’, a ‘psicose de massa’, o ‘vigiar e punir” de uns contra outros para que ninguém seja a si próprio, a delação ou dedurismo como prática corriqueira de difícil verificação e confrontação com a verdade, o ‘narcisismo das pequenas diferenças’ proposto por Freud, a ‘regressão dos indivíduos a condição de massa ’ (conforme dito de Adorno: o fascismo ao manipular as massas, faz “psicanálise às avessas”), etc.
Continua sendo atual o discurso do professor Ross, proferido no final de “A onda”:
“Vocês trocaram sua liberdade pelo luxo de se sentirem superiores. Todos vocês teriam sido bons nazi-fascistas. Certamente iriam vestir uma farda, virar a cabeça e permitir que seus amigos e vizinhos fossem perseguidos e destruídos. O fascismo não é uma coisa que outras pessoas fizeram. Ele está aqui mesmo em todos nós. Vocês perguntam: como que o povo alemão pode ficar impassível enquanto milhares de inocentes seres humanos eram assassinados? Como alegar que não estavam envolvidos. O que faz um povo renegar sua própria história? Pois é assim que a história se repete. Vocês todos vão querer negar o que se passou em “A onda’. Nossa experiência foi um sucesso. Terão ao menos aprendido que somos responsáveis pelos nossos atos. Vocês devem se interrogar: o que fazer em vez de seguir cegamente um líder? E que pelo resto de suas vidas nunca permitirão que a vontade de um grupo usurpe seus direitos individuais. Como é difícil ter que suportar que tudo isso não passou de uma grande vontade e de um sonho”.
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TUTORIAL PARA DOWNLOAD DO FILME "A ONDA Clicando em clicando, cai direto em “Cultura e informação” e ver “dicas e notícias” sobre como fazer download do filme “A onda”
Também indica outro endereço para este filme só que em inglês: http://www.xenutv.com/cults/wave.htm
O endereço da comunidade "A onda - The wave" > no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1262617
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FONTE: http://www.espacoacademico.com.br/065/65lima.htm

quinta-feira, 23 de julho de 2009

AMOR PRA RECORDAR

AMOR PRA RECOMEÇAR

Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade temPrazer e medo...
E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...
Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero..
Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...
Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
InimigosPrá você não deixar
De duvidar...
Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...
Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...
Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é precisoViver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...
Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...
Eu desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

LINDA JUVENTUDE
Zabelê, zumbi, besouro, vespa fabricando mel
Guardo teu tesouro, jóia marrom, raça como nossa cor
Nossa linda juventude, página de um livro bom
Canta que te quero cais e calor, claro como o sol raiou
Claro como o sol raiou
Maravilha, juventude, pobre de mim, pobre de nós
Via Láctea, brilha por nós, vidas pequenas da esquina
Fado, sina, lei, tesouro, canta que te quero bem
Brilha que te quero luz andaluz, massa como o nosso amor
Nossa linda juventude, página de um livro bom
Canta que quero cais e calor, claro como o sol raiou
Claro como o sol raiou.
Maravilha, juventude, tudo de mim, tudo de nós
Via Láctea, brilha por nós, vidas bonitas da esquina.
PLANETA SONHO

Aqui ninguém mais ficará depois do sol
No final será o que não sei, mas será
Tudo demaisNem o bem nem o mal
Só o brilho calmo dessa luz
O planeta calma será terra
O planeta sonho será terra,
E lá no fim daquele marA minha estrela vai se apagar
Como brilhouFogo solto no caosAqui também é bom lugar de se viver
Bom lugar será o que não sei mas será
Algo a fazerBem melhor que a canção
Mais bonita que alguém lembrar
A harmonia será terraA dissonância será bela
E lá no fim daquele azu
lOs meus acordes vão terminar
Não haveráOutro som pelo ar
O planeta sonho será terraA dissonância será bela
E lá no fim daquele marA minha estrela vai se apagar
Como brilhouFogo solto no caos

terça-feira, 21 de julho de 2009

sábado, 18 de julho de 2009

~SERES HUMANOS



Seres Humanos
Roberto Carlos
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos
Que negócio é esse de que somos culpados

De tudo que há de errado sobre a face da Terra

Que negócio é esse de que nós não temos

Os devidos cuidados com o mundo em que vivemos

Fazemos quase tudo por necessidade

Vivemos em busca da felicidadeSomos seres humanos

Só queremos a vida mais linda

Não somos perfeitosAinda

Afinal nem sabemos por que aqui estamos

E mesmo sem saber seguindo em frente vamos

Vencemos obstáculos todos os dias

Em busca do pão e de alguma alegria

Não podemos ser julgados pela minoria

Nós somos do bem e o bem é a maioria

Somos seres humanos

Só queremos a vida mais linda

Não somos perfeitos

Ainda

Só quero a verdade

Nada mais que a verdade

Não adianta me dizer

Coisas que não fazem sentido

Que tal olhar as coisas que a gente tem conseguido

E o mundo hoje é bem melhor

Do que há muito tempo atrás

E as mudanças desse mundo

O ser humano é que faz

Estamos sempre em busca de uma solução

Queríamos voar, fizemos o avião

O telefone, o rádio, a luz elétricaA televisão, o computador, progressos na engenharia genética

Maravilhas da ciência prolongando a vida

Nós temos amor, ninguém duvida

Somos seres humanosSó queremos a vida mais linda

Não somos perfeitos

Ainda

Mas que negócio é esse de que somos culpados

De tudo que há de errado sobre a face da terra

Buscamos apoio nas religiões

E procuramos verdades em suposições

Católicos, judeus, espíritas e ateus

Somos maravilhosos

Afinal somos filhos de Deus

Somos seres humanos

Só queremos a vida mais linda

Não somos perfeitosAinda

Só quero a verdade

Nada mais que a verdade

Não adianta me dizer

Coisas que não fazem sentido

Que tal olhar as coisas que a gente tem conseguido

E o mundo hoje é bem melhor

Do que há muito tempo atrás

E as mudanças desse mundo

O ser humano é que faz

QUE MARAVILHA VIVER
Que Maravilha Viver
Simone
Composição: versão português:Thiele
Vejo no jardim

A flor nascer

Num dia azul

Penso em você

Então,digo pra mim:Maravilha viver...

Onde nasce a luz

Se escurecer

E a noite cair

O sol vai nascer

Então,digo pra mim:Maravilha viver...

Atrás do arco-íris

Por certo existe a paz

Com todas as pessoas

Que pela vida leva e traz

Eu sinto a emoção

Da dor e do prazer

Porque meu coração

Está com você

O mundo vai seguir

O tempo correr

Eu sou feliz

Tenho você!

Então,digo pra mim:

Maravilha viver...


NINGUÉM + NINGUÉM
Ninguém = Ninguém
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger
Há tantos quadros na parede

Há tantas formas de se ver o mesmo quadro

Há tanta gente pelas ruas

Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra

Ninguém = ninguém

Me encanta que tanta gente sinta(se é que sente) a mesma indiferença

Há tantos quadros na parede

Há tantas formas de se ver o mesmo quadro

Há palavras que nunca são ditas

Há muitas vozes repetindo a mesma frase:Ninguém = ninguém

Me espanta que tanta gente minta(descaradamente) a mesma mentira

São todos iguais

E tão desiguaisuns mais iguais que os outros

Há pouca água e muita sede

Uma represa, um apartheid(a vida seca, os olhos úmidos)

Entre duas pessoasEntre quatro paredes

Tudo fica claroNinguém fica indiferenteNinguém = ninguém

Me assusta que justamente agora

Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora

São todos iguais

E tão desiguaisuns mais iguais que os outros

O que me encanta é que tanta gente

Sinta (se é que sente) ou Minta (desesperadamente)

Da mesma formaSão todos iguais

E tão desiguaisuns mais iguais que os outros

São todos iguais

E tão desiguaisuns mais iguais...uns mais iguais...

Eu tenho um compromisso com meu tempo

Não posso faltar

Não vou perder um segundo desse tempo

Querendo enganar

E eu sei que você está comigo

E com muita gente também

Eu te amo, meu bem

E sendo um brasileiro (hum...)

Cabeça cheia de idéias

Um dia vou ter dinheiro para usá-las

Meu vôo é sem escalas até o sol

Tudo o que eu quero eu consigo

Não tenho mêdo de nada (qase nada)

Nenhum sonho é maior do que o meu

Nenhum sonho é maior do que o meu

Que a alegria da genteSeja um rolo compressor

Rolo compressorRolo compressorEm cima do silêncio


CUIDE-SE B EM
Cuide-se bem, perigos há por toda a parte

E é bem delicado viver de uma forma ou de outra

É uma arte como tudo

Cuide-se bem, tem mil surpresas a espreitar

Em cada esquina mal iluminada, em cada rua estreita

Em cada rua estreita do mundo

Pra nunca perder esse riso largo

E essa simpatia estampada no rosto (2x)

Cuide-se bem, eu quero te ver com saúde

E sempre de bom humor e de boa vontade contudo



Viver outra vez
Guilherme Arantes
Composição: osmir neto
AHH...Eu sei,que tudo tem seu fim,e eu espero agora saber a própria hora

Viver é lindo e quero mais...

Reflete a esperança,que traz amor com paz.

De tudo o que aprendi,são momentos lindos que lembro aqui.

Então viver é ser feliz,o tempo corre a fora,e eu te chamo aqui.(yeah,yeah)

A minha mão nosso ao pai,quero vivier outra vez.

De tudo o que aprendi,são momentos lindos que me lembro aqui.

E então viver é ser feliz,o tempo corre a fora,e eu te chamo aqui.[uhh](2x)

A minha mão ao nosso pai,[a minha mão ao nosso pai]quero vivier outra vez.[quero viver outra vez]

E hoje eu quero,ver a luz do sol.As estrelas,eu quero ver brilhar(2x)[uoah...oh,oh,oh]

E hoje eu quero,ver a luz do sol.As estrelas,eu quero ver brilhar.(2x)[uhh].(7x)

A minha mão ao nosso pai,[a minha mão ao nosso pai]quero vivier outra vez.[quero viver outra vez]

3ª do Plural
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger
Corrida pra vender cigarro

Cigarro pra vender remédio

Remédio pra curar a tosse

Tossir, cuspir, jogar pra fora

Corrida pra vender os carros

Pneu, cerveja e gasolina

Cabeça pra usar boné

E professar a fé de quem patrocina

Querem te matar a sede, eles querer te sedar

Eles querem te vender, eles querem te comprar

Quem são eles?Quem eles pensam que são?

Corrida contra o relógio

Silicone contra a gravidade

Dedo no gatilho, velocidade

Quem mente antes diz a verdade

Satisfação garantida

Obsolescência programada

Eles ganham a corrida antes mesmo da largada

Eles querem te vender, eles querem te comprar

Querem te matar de rir, querem te fazer chorar

Quem são eles?

Quem eles pensam que são?

Vender, comprar, vendar os olhos

Jogar a rede... contra a parede

Querem te deixar com sede

Não querem te deixar pensar

Quem são eles?

Quem eles pensam que são?
PENSAMENTOS


1Pensamentos
Roberto Carlos
Composição: Roberto Carlos - Erasmo Carlos

Pensamentos que me afligem

Sentimentos que me dizem

Dos motivos escondidos

Na razão de estar aquiAs perguntas que me faço

São levadas ao espaçoE de lá eu tenho todas

As respostas que eu pedi

Quem me dera que as pessoas que se encontram

Se abraçassem como velhos conhecidos

Descobrissem que se amam

E se unissem na verdade dos amigos

E no topo do universo uma bandeira

Estaria no infinito iluminada

Pela força desse amor, luz verdadeira

Dessa paz tão desejada

Pensamentos que me afligem

Sentimentos que me dizem

Dos motivos escondidos

Na razão de estar aqui

E eu penso nas razões da existência

Contemplando a natureza nesse mundo

Onde às vezes aparentes coincidências

Têm motivos mais profundos

Se as cores se misturam pelos campos

É que flores diferentes vivem juntas

E a voz dos ventos na canção de Deus

Responde todas as perguntas

Pensamentos que me afligem

Sentimentos que me dizem

Pensamentos que me afligem

Sentimentos que me dizem

Pensamentos que me afligem

Sentimentos que me dizem

terça-feira, 14 de julho de 2009

NUNCA É TARDE PARA ABRIRMOS MÃOS DOS NOSSOS PRECONCEITOS



Vejam essa declaração de SUSAN BOYLE :
Veja Vídeo You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=LOE9sLfe5GY

"Eu moro sozinha com o meu gato chamado Peebles...nunca casei, nunca fui beijada...eu sempre quis me apresentar para uma platéia grande...eu vou fazer essa platéia tremes..."

O Jurado pergunta: Qual o seu sonho?

Susan Boyle: Estou tentando ser cantora profissional.

Jurado : E porque não deu certo até agora?

Susan Boyle: Nunca me deram uma chance antes e espero que isso mude.

Jurado:O que vc vai cantar?

Susan Boyle: "I dreamed a dream" from "les miserables" ("Eu tive um sonho" de " Les Miserables").

" NUNCA É TARDE PARA ABRIRMOS MÃOS DOS NOSSOS PRECONCEITOS " Henry David Thoreau

Vejam o vídeo na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=LOE9sLfe5GY

Outros Víedos:

I Dreamed a Dream (Tradução)
Sarah Brightman
Composição: Indisponível

Eu Tive um Sonho

Houve um tempo quando os homens eram amáveis
Quando suas vozes eram suaves
E suas palavras convidativas
Houve um tempo quando o amor era cego
E o mundo era uma canção
E a canção era excitante
Houve um tempo... então tudo deu errado

Eu tive um sonho num tempo que já se foi
Quando esperanças eram elevadas e valia a pena viver
Eu sonhei que o amor nunca morreria
Eu sonhei que Deus estaria perdoando

Então eu era jovem e destemida
Quando sonhos eram feitos e usados e perdidos
Não havia nenhum resgate a ser pago
Nenhuma canção desconhecida, nenhum vinho intocado

Mas os tigres chegaram à noite
Com suas vozes suaves como trovão
Tal como eles rasgam sua esperança em pedaços
Tal como eles transformam seus sonhos em vergonha

Ele dormiu um verão ao meu lado
Ele encheu meus dias de maravilha infinita
Ele fez da minha infância o seu êxito
Mas ele se foi quando o outono chegou

E ainda sonho com ele vindo até a mim
E nós viveríamos juntos os anos
Mas há sonhos que não podem acontecer
E há tempestades que não podemos desafiar

Eu tive um sonho que minha vida iria ser
Tão diferente deste inferno que estou vivendo
Tão diferente agora do que parecia
Agora a vida matou o sonho que tive

MEU TEMPO POR AÍ TERMINOU!


“Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?” André Luiz

“Boa noite a todos, meu nome é Vitor.
Venho a pedido da minha mãe. Ela quer notícias minhas para, talvez, se sentir mais aliviada. Acho que ela, como toda mãe, se sente responsável pelo meu desencarne. Tive sérios problemas de respiração e, quando menos se esperava, as coisas pioraram e eu morri. Nem foi muito novidade para mim. Acho que eu até já esperava, apesar de ter apenas quinze anos. Mas meus pais (minha mãe) se desesperou. Fez perguntas, tentou saber o porquê, mas quem somos nós pra querer saber ou que Deus nos dê satisfação de seus atos, não é mesmo!?
Pois é... Eu morri, mas pra mim não foi difícil. Minha mãe tomou outros caminhos e graças a uma amiga, começou a ler e perceber que a morte não existe. Hoje ela é mais tranquila, mas ainda quer notícias pra ter certeza de que estou bem. Mamãe Elaine — ou Eliana (nota do transcrevente) —, eu estou bem e feliz. Meu tempo por aí terminou e talvez, o bom de tudo isso tenha sido você perceber que a vida continua.
Sei que pensa em mim e tenta não ficar me chamando. Que sente minha falta, mas agradece a Deus pelo tempo que estivemos juntos. Eu te amo e sempre te amei. Vou te esperar, porque nossa vida vem de outras... e meu amor por você não é pequeno, nem de agora. Sei que quando você ouve uma música que eu gostava se lembra e tenta não chorar. Não faça isso. Chore se tiver vontade. Só não blasfeme como muita gente faz.
Choro é normal naqueles que perdem um ente querido. Viva, dedique-se, ajude e tente compreender que estaremos juntos. Nosso senhor ensina que devemos praticar a caridade. Pratique e continue ajudando outras mães que não têm o mesmo conhecimento seu. Eu estou bem, estudo (como sempre gostei de fazer) e continuo fazendo tudo certinho como você sempre se orgulhou.
Minha vó me ajuda nas lições como você fazia, lembra! Aqui é lindo. Te amo muito e agradeço a oportunidade que me foi dada para conversar com você. Pena meu pai estar longe de você. Te amo. Que Deus permita minha visita a você sempre. Beijos.”

Assinado: Vitor
Data: Maio de 2007.
Local: Sorocaba (SP).
Médium: S.A.O.G.

Retirado do Blog Partida e Chegada
fonte:http://espiritananet.blogspot.com/2009/07/meu-tempo-por-ai-terminou.html

O VÍCIO DO PENSAMENTO


“Nós somos quem nós pensamos”. Quem já não ouviu esta frase?
Assim como eu, provavelmente muitas pessoas ouvem e ainda acreditam nisso. Mas de fato, não é bem verdade. Não somos o que “pensamos”, mas muito mais que isso. Os pensamentos influenciam nossa vida externa, os fatos, mas nossa essência está totalmente à parte disso.
Podem estar pensando, mas que loucura! Como assim? Única coisa que conheço são meus pensamentos, e isso não sou eu? Isso mesmo.
É porque temos o vício do pensamento, não conseguimos parar nunca, aprendemos desta forma. No Ocidente, não temos a cultura de esvaziar, desacelerar a mente, ou seja, fazer meditação, tentar não pensar o tempo todo no passado ou no futuro, e sim nos concentrarmos no momento presente.
Como podemos inserir mais coisas e melhores num local onde já está cheio? Não cabe, precisamos desocupar! Em um recipiente muito cheio, uma só gota já transborda.
A mente é analítica, totalmente racional, analisa prós e contras de tudo o tempo todo, não chegando à conclusão alguma, e acaba somente nos confundindo.
Para podermos acessar nossa essência, precisamos aprender a ouvi-la, e como ouvir o coração quando nossa mente não pára de pensar um só minuto? Simplesmente impossível. Ninguém que está atordoado consegue prestar atenção em outra coisa. Por isso é tão importante acalmarmos nossas mentes. Pode ser meditando, ou dizendo um basta quando ela começa a nos enlouquecer.
Outro aspecto importante a ser considerado e é neles que devemos focar, é a Presença. Somos viciados em pensar no futuro ou no passado, mas nunca vivemos o momento Presente. Sendo que é somente ele que existe. Se perdermos o momento presente, estamos perdendo a Vida. Porque é só no Presente que ela acontece. Geralmente estamos totalmente identificados com o padrão mental. Ele toma conta. E é um hábito arraigado muito difícil de mudar, exige muito esforço.
Precisamos mudar este padrão de mental, o condicionamento, imediatamente. Pois nunca recuperaremos este tempo perdido. É na presença que existe vida! É na presença que existe liberdade! É na presença que surge a criatividade, pois ela vem de nossa essência!
Sempre que você tentar ficar presente, sua mente lhe encherá com mais pensamentos para desviar sua atenção, lhe dirá que neste momento você tem muitas preocupações e que precisar pensar. Não pode simplesmente viver no momento presente. Este é o papel dela. Mas devemos ser soberanos a ela. Deixe-a pensar o que quiser, e apenas observe estes pensamentos, mas não os siga. Você é o Cocheiro desta carruagem, não sua mente. Você dita as regras e não ela. Não se deixe seduzir por todo e qualquer pensamento.
Somente colocando alguém no comando poderemos mudar nossas vidas, e deixar de ser arrastados por ela. Só assim evoluiremos. E evolução é uma escolha que se faz consciente. Automaticamente, nem sabemos para onde estamos indo. Simplesmente somos levados!
Tome as rédeas de sua mente, de sua vida. Afinal, você é mais forte que ela, por mais que ela tente te convencer do contrário.

FONTE:http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=753

VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?


Cap. 24 – IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS
DISTINÇÃO ENTRE OS ESPÍRITOS BONS E MAUS
262. Se a perfeita identificação dos Espíritos é, em muitos casos, uma questão secundária, sem importância, não se dá o mesmo com a distinção entre os Espíritos bons e maus. Sua individualidade pode ser-nos indiferente, mas a sua qualidade jamais. Em todas as comunicações instrutivas é sobre esse ponto que devemos concentrar nossa atenção, pois só ele pode nos dar a medida da confiança que podemos ter no Espírito manifestante, seja qual for o nome com que se apresente. O Espírito que se manifesta é bom ou mau? A que grau da escala espírita pertence? Essa a questão capital. (Ver Escala Espírita no item 100 de O Livro dos Espíritos)
263. Julgamos os Espíritos, já o dissemos, pela linguagem, como julgamos os homens. Suponhamos que um homem receba vinte cartas de pessoas que não conhece. Pelo estilo, pelas idéias, por numerosos indícios julgará quais são as instruídas e quais as ignorantes, educadas ou sem educação, profundas, frívolas, orgulhosas, sérias, levianas, sentimentais etc. Acontece o mesmo com os Espíritos. Devem considerá-los como correspondentes que nunca vimos e perguntar o que pensaríamos da cultura e do caráter de um homem que dissesse ou escrevesse aquelas coisas. Podemos tomar como regra invariável e sem exceção que a linguagem dos Espíritos corresponde sempre ao seu grau de elevação.
Os Espíritos realmente superiores não se limitam apenas a dizer boas coisas, mas as dizem em termos que excluem absolutamente qualquer trivialidade. Por melhores que sejam essas coisas, se forem manchadas por única expressão de baixeza temos um sinal indubitável de inferioridade. E com mais forte razão se o conjunto da comunicação ferir as conveniências por sua grosseria. A linguagem revela sempre a sua origem, seja pelo pensamento ou pela forma. Assim, mesmo que um Espírito quisesse enganar-nos com a sua pretensa superioridade, bastaria conversamos algum tempo com ele para o julgarmos.
264. A bondade e a afabilidade são também atributos essenciais dos Espíritos depurados. Eles não alimentam ódio nem para com os homens nem para com os demais Espíritos. Lamentam as fraquezas e criticam os erros, mas sempre com moderação, sem amarguras nem animosidades. Se admitirmos que os Espíritos verdadeiramente bons só podem querer o bem e dizer boas coisas, concluiremos que tudo o que, na linguagem dos Espíritos, denote falta de bondade e afabilidade não pode provir de um Espírito bom.
265. A inteligência está longe de ser um sinal seguro de superioridade, porque a inteligência e a moral nem sempre andam juntas. Um Espírito pode ser bom, afável e ter conhecimentos limitados, enquanto um Espírito inteligente e instruído pode ser moralmente bastante inferior.(5)
Geralmente se pensa que interrogando o Espírito de um homem que foi sábio na Terra, em certa especialidade, obtém-se a verdade com mais segurança. Isso é lógico, e não obstante nem sempre é certo. A experiência demonstra que os sábios, tanto quanto os outros homens, sobretudo os que deixaram a Terra há pouco, estão ainda sob o domínio dos preconceitos da vida corpórea, não se livrando imediatamente do espírito de sistema. Pode assim acontecer que, influenciados pelas idéias que alimentaram em vida e que lhes deram a glória, vejam com menos clareza do que supomos. Não damos este princípio como regra. Longe disso. Advertimos apenas que isso acontece e que, por conseguinte, sua sabedoria humana nem sempre é uma garantia de sua infalibilidade como Espíritos.
266. Submetendo-se todas as comunicações a rigoroso exame, sondando e analisando suas idéias e expressões, como se faz ao julgar uma obra literária – e rejeitando sem hesitação tudo o que for contrário à lógica e ao bom senso, tudo o que desmente o caráter do Espírito que se pensa estar manifestando, — consegue-se desencorajar os Espíritos mistificadores que acabam por se afastar, desde que se convençam de que não podem nos enganar.
Repetimos que este é o único meio, mas é infalível porque não existe comunicação má que resista a uma crítica rigorosa.(6) Os Espíritos bons jamais se ofendem, pois eles mesmos nos aconselham a proceder assim e nada têm a temer do exame. Somente os maus se melindram e procuram dissuadir-nos, porque têm tudo a perder. E por essa mesma atitude provam o que são.
Eis o conselho dado por São Luís a respeito:
“Por mais legítima confiança que vos inspirem os Espíritos dirigentes d vossos trabalhos, há uma recomendação que nunca seria demais repetir e que deveis ter sempre em mente aos vos entregar aos estudos: a de pensar e analisar, submetendo ao mais rigoroso controle da razão todas as comunicações que receberdes; a de não negligenciar, desde que algo vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações necessárias para formar a vossa opinião”.
267. Podemos resumir os meios de reconhecer a qualidade dos Espíritos nos seguintes princípios:
1º) Não há outro critério para se discernir o valor dos Espíritos senão o bom senso. Qualquer fórmula dada pelos próprios Espíritos, com esse fim, é absurda e não pode provir de Espíritos superiores.
2º) Julgamos os Espíritos pela sua linguagem e as suas ações. As ações dos Espíritos são os sentimentos que eles inspiram e os conselhos que dão.
3º) Admitido que os Espíritos bons só podem dizer e fazer o bem, tudo o que é mau não pode provir de um Espírito bom.
4º) A linguagem dos Espíritos superiores é sempre digna, elevada, nobre, sem qualquer mistura de trivialidade. Eles dizem tudo com simplicidade e modéstia, nunca se vangloriam, não fazem jamais exibição do seu saber nem de sua posição entre os demais. A linguagem dos Espíritos inferiores ou vulgares é sempre algum reflexo das paixões humanas. Toda expressão que revele baixeza, auto-suficiência, arrogância, fanfarronice, mordacidade é sinal característico de inferioridade. E de mistificação, se o Espírito se apresenta com um nome respeitável e venerado.
5º) Não devemos julgar os Espíritos pelo aspecto formal e a correção do seu estilo, mas sondar-lhes o íntimo, analisar suas palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção. Toda falta de lógica, de razão e de prudência não pode deixar dúvida quanto à sua origem, qualquer que seja o nome de que o Espírito se enfeite. (Ver nº 224).
6º) A linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, se não quanto à forma, pelo menos quanto à substância. As idéias são as mesmas, sejam quais forem o tempo e o lugar. Podem ser mais ou menos desenvolvidas segundo as circunstâncias, as dificuldades ou facilidade de se comunicar, mas não serão contraditórias. Se duas comunicações com o mesmo nome se contradizem, uma das duas é evidentemente apócrifa. A verdadeira será aquela que nada desminta o caráter conhecido do personagem., Entre duas comunicações assinadas, por exemplo, por São Vicente de Paulo, uma pregando a união e a caridade e outra tendendo a semear a discórdia, não há pessoa sensata que possa enganar-se.
7º) Os Espíritos bons só dizem o que sabem, calando-se ou confessando a sua ignorância sobre o que não sabem. Os maus falam de tudo com segurança, sem se importar coma verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom senso revela a fraude, se o Espírito se apresenta como esclarecido.
8º) Os Espíritos levianos são ainda reconhecidos pela facilidade com que predizem o futuro e se referem com precisão a fatos materiais que não podemos conhecer. Os Espíritos bons podem fazer-nos pressentir as coisas futuras, quando esse conhecimento for útil, mas jamais precisam as datas. Todo anúncio de acontecimento para uma época certa é indício de mistificação.(7)
9º) Os Espíritos superiores se exprimem de maneira simples, sem prolixidade. Seu estilo é conciso, sem excluir a poesia das idéias e das expressões, claro, inteligível a todos, não exigindo esforço para a compreensão. Eles possuem a arte de dizer muito em poucas palavras, porque cada palavra tem o seu justo emprego. Os Espíritos inferiores ou pseudo-sábios escondem sob frases empolgadas o vazio das idéias. Sua linguagem é freqüentemente pretensiosa, ridícula ou ainda obscura, a pretexto de parecer profunda.
10º) Os Espíritos bons jamais dão ordens: não querem impor-se, apenas aconselham e se não forem ouvidos se retiram. Os maus são autoritários, dão ordens, querem ser obedecidos e não se afastam facilmente. Todo Espírito que se impõe trai a sua condição.
São exclusivistas e absolutos ns suas opiniões e pretendem possuir o privilégio da verdade. Exigem a crença cega e nunca apelam para a razão, pois sabem que a razão lhes tiraria a máscara.
11º) Os Espíritos bons não fazem lisonjas. Aprovam o bem que se faz, mas sempre de maneira prudente. Os maus exageram nos elogios, excitam o orgulho e a vaidade, embora pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles que desejam conquistar.
12º) Os Espíritos superiores mantêm-se, em todas as coisas, acima das puerilidades formais. Os Espíritos vulgares são os únicos que podem dar importância a detalhes mesquinhos, incompatíveis com as idéias verdadeiramente elevadas. Toda prescrição meticulosa é sinal certo de inferioridade e mistificação de parte de um Espírito que toma um nome pomposo.
13º) Devemos desconfiar dos nomes bizarros e ridículos usados por certos Espíritos que desejam impor-se à credulidade. Seria extremamente absurdo tomar esses nomes a sério.
14º) Devemos igualmente desconfiar dos Espíritos que se apresentam com muita facilidade usando nomes bastante venerados, e só com muita reserva aceitar o que dizem. Nesses casos, sobretudo, é que um controle se torna indispensável. Porque é freqüentemente a máscara que usam para levar-nos a crer em pretensas relações íntimas com Espíritos excelsos. Dessa maneira eles lisonjeiam a vaidade do médium e se aproveitam dela para o induzirem a atos lamentáveis e ridículos.
15º) Os Espíritos bons são muito escrupulosos no tocante às providências que podem aconselhar. Em todos os casos têm apenas em vista um fim sério e eminentemente útil. Devemos pois encarar como suspeitas todas aquelas que não tenham esse caráter ou sejam condenáveis pela razão, refletindo maduramente antes de adotá-las, pois do contrário nos exporemos a mistificações desagradáveis.
16º) Os Espíritos bons são também reconhecíveis pela sua prudente reserva no tocante às coisas que possam comprometer-nos. Repugna-lhes desvendar o mal. Os Espíritos levianos ou malfazejos gostam de expô-lo. Enquanto os bons procuram abrandar os erros e pregam a indulgência, os maus os exageram e sopram a discórdia por meio de pérfidas insinuações.
17º) Os Espíritos bons só ensinam o bem. Toda máxima, todo conselho que não for estritamente conforme a mais pura caridade evangélica não pode provir de Espíritos bons.
18º) Os Espíritos bons só dão conselhos perfeitamente racionais. Toda recomendação que se afaste da linha reta do bom senso ou das leis imutáveis da Natureza acusa a presença de um Espírito estrito e portanto pouco digno de confiança.
19º) Os Espíritos maus ou simplesmente imperfeitos ainda se revelam por sinais materiais que a ninguém poderão enganar. A ação que exercem sobre o médium é às vezes violenta, provocando movimentos bruscos e sacudidos, uma agitação febril e convulsiva que contrasta com a calma e a suavidade dos Espíritos bons.
20º) Os Espíritos imperfeitos aproveitam-se freqüentemente dos meios de comunicação de que dispõem para dar maus conselhos. Excitam a desconfiança e a animosidade entre os que lhes são antipáticos. Principalmente as pessoas que podem desmascarar a sua impostura são visadas pela sua maldade.
As criaturas fracas, impressionáveis, tornam-se alvo do seu esforço para levá-las ao mal. Usam sucessivamente os sofismas, os sarcasmos, as injúrias e até as provas materiais do seu poder oculto para melhor convencê-las, empenhando-se em desviá-las do caminho da verdade.
21º) Os Espíritos dos que tiveram, na Terra, umas preocupações exclusivas, materiais ou morais, se ainda não conseguiram libertar-se da influência da matéria continuam dominados pelas idéias terrenas. Carregam parte dos preconceitos, das predileções e até mesmo das manias que tiveram aqui. Isso é fácil de se reconhecer pela sua linguagem.
22º) Os conhecimentos de que certos Espíritos muitas vezes se enfeitam, com uma espécie de ostentação, não são nenhuns sinais de superioridade. A verdadeira pedra de toque para se verificar essa superioridade é a pureza inalterável dos sentimentos morais.
23º) Não basta interrogar um Espírito para se conhecer a verdade. Devemos, antes de tudo, saber a quem nos dirige. Porque os Espíritos inferiores, pela sua própria ignorância, tratam com leviandade as mais sérias questões. Também não basta que um Espírito tenha sido na Terra um grande homem para possuir no mundo espírita a soberana ciência. Só a virtude pode, purificando-o, aproximá-lo de Deus e ampliar os seus conhecimentos.
24º) Os gracejos dos Espíritos superiores são muitas vezes sutis e picantes, mas nunca banais. Entre os Espíritos zombeteiros, mas que não são grosseiros, a sátira mordaz é feita quase sempre muito a propósito.
25º) Estudando-se com atenção o caráter dos Espíritos que se manifestam, sobretudo sob o aspecto moral, reconhece-se a sua condição e o grau de confiança que devem merecer. O bom senso não se enganará.
26º) Para julgar os Espíritos, como para julgar os homens, é necessário antes saber julgar-se a si mesmo. Há infelizmente muita gente que toma a sua própria opinião por medida exclusiva do bem e do mal, do verdadeiro e do falso, Tudo o que contradiz a sua maneira de ver, as suas idéias, o sistema que inventaram ou adotaram é mau aos seus olhos. Falta a essas criaturas, evidentemente, a primeira condição para uma reta apreciação: a retidão do juízo. Mas elas nem o percebem. Esse o defeito que mais enganos produz.(8)
Todas estas instruções decorrem da experiência e do ensino dos Espíritos. Completamo-las com as próprias respostas dadas por eles a respeito dos pontos mais importantes.(9)

FONTE:http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=881

quinta-feira, 9 de julho de 2009

MÃE TERRA


Moving (tradução)
Macaco
Composição: Indisponível
Movendo, todas as pessoas se movendo,um movimento por apenas um sonho Vemos o movimento, todas as pessoas se movendo,um movimento por apenas um sonhoTempos de pequenos movimentos... movimentos em reação Uma gota junto a outra faz ondas, lagos, mares ... Oceanos Nunca uma lei foi tão simples e clara: ação, reação, repercussão Sopros se unem e formam gritos, juntos somos evoluçãoMovendo, todas as pessoas se movendo,um movimento por apenas um sonho Vemos o movimento, todas as pessoas se movendo,um movimento por apenas um sonhoEscute o chamado da "Mãe Terra", berço da criaçãoSua palavra é nossa palavra, seu "gemido" nossa voz Se no pequeno está a força, se fazer o simples move a destreza Voltar a origem não é retroceder, talvez mover seja fazer o saber(conhecimenbto)Movendo, todas as pessoas se movendo,um movimento por apenas um sonho Vemos o movimento, todas as pessoas se movendo,um movimento por apenas um sonho

Algumas palavras sobre o aborto de Pernambuco


Jorge Hessen
No Brasil, todos os anos, há 30.000 gestações de menores de 14 anos. Recentemente, na pequena Alagoinha, uma cidade de 14 mil habitantes, no interior do Estado de Pernambuco, um religioso aplicou o dispositivo canônico (1) contra a mãe de uma menina de 9 anos e da equipe médica que submeteu a menina a um aborto de gêmeos em razão de ter sido vítima de estupro. O episódio levantou muitas celeumas, inclusive com repercussão na imprensa internacional. A menina já estava com 4 meses de gestação. O pai dos bebês seria o padrasto, um rapaz de 23 anos, que vivia com a mãe da gestante. O inusitado do fato é que o religioso não aplicou dispositivo canônico contra o estuprador.
Fugindo do ranço da espetacularização midiática, é importante citar que mais de 90% da população brasileira é contrária à legalização do aborto, segundo pesquisa do IBOPE. O Espiritismo também é contra, admitindo-o, apenas, quando a mãe corre risco de morte. Vejamos o caso da menina: se a gravidez dos gêmeos seguisse seu curso, cada bebê deveria nascer pesando mais de 2,5 quilos, o que implicaria a gestação chegar ao final de 9 meses com mais de 5 quilos. A razão demonstra que as conseqüências dessa gestação seriam catastróficas. E, mais ainda, uma gravidez ocasionada pelo estupro, é indiscutivelmente traumática e dolorosa. Seria uma insensatez imensurável se a espiritualidade promovesse uma programação reencarnatória de dois espíritos, ao mesmo tempo, no ventre de uma criança de apenas 9 anos de idade. Ou será que a equipe médica foi mais racional que os especialistas em reencarnação do além-túmulo? Nesse caso, nem me venham com a tagarelice do desgastado chavão "a menina está pagando um débito do passado".
No Brasil, é comum a absolvição dos criminosos, pela "benevolência" dos homens, e as penalidades das leis, não raro, recaírem sobre as vítimas, em autêntica inversão. Quem defende a vida da vítima de 9 anos? Quem restituirá os prejuízos advindos da prática violenta cometida pelo padrasto? Essa Igreja, com todo respeito a seus líderes, necessita rever alguns conceitos, modernizar as idéias e se adequar ao mundo contemporâneo. Os seguidores dessa Igreja, tal como ela é, aferrada a sua lógica interna, seus princípios medievais, dogmas e cânones, pouco podem fazer. Embora existam sacerdotes dignos de respeito e admiração, defensores dos anseios das pessoas humildes com as quais convivem, a burocracia hierárquica jamais lhes concederá voz ativa.
Ao promulgar a sentença canônica, será que o religioso teria conhecimentos tão abalizados, superiores aos dos médicos ginecologistas que, enobrecidos pelo conhecimento acadêmico, lidam, diariamente, com o fenômeno biológico da maternidade? A bem da verdade, no caso poderia haver uma obstrução do parto, causado pela desproporção cefalopélvica, que ocorre quando a abertura pélvica da mãe é pequena para permitir que a cabeça do bebê passe durante o parto. A septicemia (infecção generalizada), o descolamento da placenta por conta da hipertensão arterial, a hipertensão ocasionada pela gravidez, inclusive pré-eclampsia e eclampsia, se não tratados, podem provocar parada cardíaca ou derrame, resultando em morte, tanto para a mãe como para o bebê.
Que nas hostes espíritas não ocorra o vexame da intolerância, perseguição, boicotes, torturas e perversidades que as muitas religiões têm praticado ao longo da história, sobretudo diante de fatos semelhantes aos que ora analisamos. Será que a bestialidade do estupro poderia ter sido evitada com a intervenção espiritual? Será que os espíritos responsáveis pelo controle das encarnações erraram ao permitir que uma criança, de apenas 9 anos, engravidasse? Considerando que uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime, sempre, ao tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, não me permito acreditar que existiam espíritos ligados aos dois corpos em formação. Pois é! Não há como acreditar em "programação espiritual" para que alguém reencarne e tenha que passar pela penúria de engravidar, por ato de violência de um padrasto, e ter filhos aos 9 anos de idade.
Os espíritas, principalmente, sabem que a interrupção da gravidez, com a destruição do produto da concepção, é crime. O Código Penal brasileiro não contempla a figura do aborto legal, todavia torna impunível o fato típico e antijurídico dessas circunstâncias. Não existe "aborto legal", exceto onde houver risco à vida da mulher, que, nesse caso da menina, foi um aborto necessário, segundo minha opinião. Na resposta dada à questão 359, em O Livro dos Espíritos, fica clara a situação: "Preferível é se sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe." (2)
Há casos e casos, há exceções, há atenuantes que não vamos discutir aqui. É mais do que lógico que o aborto não pode ser banalizado a partir do caso da pequena pernambucana. Devemos lutar pela vida, sempre, em qualquer circunstância, mas prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Apesar de o Brasil carregar um troféu nada confortável de ser o campeão mundial do aborto, não creio que o caso da menininha estuprada em Pernambuco sirva de exemplo para propagação do aborto como método contraceptivo.
Jorge HessenE-Mail: jorgehessen@gmail.comSite: http://jorgehessen.net
FONTES:1- O cânon 1398 - "excomunhão" - palavra que tem sua origem no latim 'ex-communione' e designa a ação ou resultado de excomungar, isto é, expulsar da Igreja Católica. Suspensão de parte da totalidade de bens espirituais de alguém como pena por delito religioso2- Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. RJ: Ed FEB, 2003, perg. 359

segunda-feira, 6 de julho de 2009

ESTUPRO DE MENOR E ABORTO: QUE PENSAR?


Recentemente veio à mídia o caso do estupro de uma criança de 9 anos pelo padrasto. A menina engravidou de gêmeos. A equipe médica que acompanhava o caso , por considerar a gravidez de alto risco para a pequena gestante e amparada pela lei brasileira que permite o aborto em caso risco de vida da mãe e em caso de estupro, optou pelo aborto dos fetos.
Não fosse polêmico suficiente o caso em si, ele ganhou novamente a mídia quando o arcebispo de Olinda e Recife excomungou a criança e a equipe médica, mas apenas advertiu o padrasto.

Hoje a imprensa noticia um novo caso de estupro de criança de 11 anos pelo pai adotivo no Rio Grande do Sul. Os casos de violência sexual em família no Brasil infelizmente acontecem, e têm sido objeto de preocupação das autoridades, que mantém programas de incentivo à denúncia, tanto de violência sexual quanto de prostituição infantil, mas em alguns lugares do país a população, que convive com situações cotidianas de exclusão social, não se preocupa em denunciar a prostituição infantil que às vezes acontece nas ruas e beiras de estrada.

Todos conhecem a posição contrária do Espiritismo com relação ao aborto. A Federação Espírita Brasileira tem mantido há anos uma campanha chamada "Em Defesa da Vida", na qual critica abertamente o aborto. Em entrevista ao jornal Espírita Mineiro do primeiro bimestre de 2009 ( http://www.uemmg.org.br/galeria.php?categoria=7&galeria=5&randf=0&randv=0&randa=0 ) critiquei o argumento "meu corpo, minha escolha" geralmente utilizado pelos defensores do aborto.

Este caso, no entanto, ganha um contorno um pouco diferente, uma vez que envolve o risco de vida da gestante. A opinião dos espíritos, ante o questionamento de Allan Kardec mostra-se coerente com o argumento da defesa da vida como valor:

"No caso em que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?
- É preferível sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe."
(O Livro dos Espíritos, questão 359, tradução de Evandro Noleto Bezerra)
A posição da equipe médica, que também foi posta em questão, parece-nos de acordo com a ética. Ela cumpriu a lei civil brasileira e tomou a difícil decisão de optar em conjunto com a responsável pela criança-gestante (no caso, a mãe dela) qual o melhor procedimento para preservar a vida e a integridade da menina. A criança foi ouvida, mas sua vontade está sempre atrelada às decisões de sua responsável legal. Precisamos levar em consideração que uma criança de nove anos é muito influenciável pelo que lhe dizem os adultos, neste caso, a mãe e os médicos.
Não me parece estranho, que em uma perspectiva de caridade, respeite-se os direitos do padrasto e invista-se na possibilidade de sua recuperação, apesar de todo o mal que ele causou às crianças sob sua responsabilidade.
Causa espanto que uma criança seja responsabilizada e, de certa forma punida (pela autoridade eclesiástica), por decisões que foram tomadas e certamente lhe foram informadas como necessárias para a preservação de sua vida e que uma equipe médica seja admoestada por dar cumprimento à premissa básica da lei brasileira.
Postado por Jáder Sampaio às 7:08 AM 6 comentários Links para esta postagem
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